A Bélgica ficou paralisada segunda-feira (15) com uma greve geral contra as medidas de austeridade do governo de centro-direita do premiê Charles Michel, afetando transporte, escolas e serviços públicos.
A greve, convocada pelas principais centrais sindicais do país contra planos de aumentar a idade de aposentadoria e reduzir as despesas sociais, obrigou a suspender 600 voos no aeroporto de Zavantem, informou uma rede de televisão belga.
Além disso, outros terminais aéreos como os de Charleroi, Lieja, Amberes e Ostande também cancelaram as chegadas e saídas de aviões, enquanto as conexões ferroviárias nacionais e internacionais foram paralisadas.
A greve geral, considerada uma das mais importantes nos últimos anos, é a segunda neste país em um período de três meses e inclui, também, o fechamento da atividade portuária.
O trabalho nos centros de ensino e nos escritórios públicos foi afetado pela greve, na qual os sindicatos se opõem, também, à eliminação do aumento automático do salário conforme o andar da inflação.
A oposição às medidas de Michel, que com 38 anos se converteu em outubro no premiê mais jovem desta nação desde 1841, teve início em novembro passado com uma passeata de 100 mil pessoas nesta capital e outras cidades.
O governo de coalizão pretende reduzir despesas em 11 bilhões de euros nos próximos cinco anos, por isso tenta impor um radical plano de ajuste em uma nação que atravessou no passado recente uma longa crise de poder. (Com a PL)
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