"Os patrões não perderam tempo! Um dia após o fim do prazo da garantia de emprego assegurada com a assinatura da convenção coletiva de trabalho, o Estado de Minas demitiu sumariamente 13 jornalistas. A ameaça de novas demissões ronda ainda as redações do Hoje em Dia e do O Tempo. Não tenham dúvidas. A desculpa será a mesma do Estado de Minas: a necessidade de fazer ajustes financeiros na empresa.
A dispensa em massa de jornalistas tornou-se uma prática comum em redações de todo o país, chamadas equivocadamente de passaralhos. Não podemos tratar com eufemismo uma prática cujo único objetivo é a progressiva retirada de direitos, achatamento salarial e a sujeição da categoria ao assédio moral. É preciso reagir, é preciso resgatar a estabilidade dos trabalhadores.
A estabilidade no Brasil foi extinta em 1966 com a imposição da lei do FGTS (5.107/66), durante a ditadura instalada no país no dia 1º de abril de 1964. É preciso reaver esse direito. No caso da nossa categoria, vale lembrar que o jornalismo é de interesse público, portanto, nossa profissão cumpre função pública. E o exercício crítico do jornalismo só será possível com a autonomia da categoria.
Aos 13 companheiros demitidos pela diretoria do Estado de Minas nossa solidariedade e o nosso compromisso com a valorização da categoria e com o exercício digno da profissão. Estabilidade já!
Belo Horizonte, 8 de janeiro de 2015 – Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas"
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