Produtores de conteúdo de internet serão regularizados como jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) se reuniu quinta-feira (11) com o Sindicato de Empresas de Internet do Estado de São Paulo (SEINESP) na Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo para tratar da implantação de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para jornalistas que atuam no segmento de internet.
Trata-se da primeira vitória para fazer com que os produtores de conteúdo de internet sejam considerados jornalistas, uma vez que empresas como Terra e IG, entre outras, não os reconhecem dessa forma e, por isso, esses profissionais têm jornadas de trabalho superior a legal, salários e benefícios inferiores e diferentes da categoria que atua em outros veículos como jornais e revistas.
Na reunião ficou acertado que o SJSP negociará com o SEINESP a Convenção Coletiva dos jornalistas da internet mas, por enquanto, até a sua transição definitiva, a bata base inicial será em 1º de maio e não 1º de junho como é para o restante da categoria (exceto Rádio e TV). Os dirigentes sindicais, tanto dos trabalhadores como dos empresários, concordaram em realizar negociação mediante apresentação de contraproposta pelo sindicato patronal até primeiro de março, acompanhado do calendário de negociação.
O avanço vem de uma luta do SJSP para regularizar o mercado de internet que está em constante expansão protegendo os jornalistas e garantindo a extensão dos mesmos benefícios já conquistados pela categoria, que por intermédio do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego forçou o acordo e na ata deixou claro que o órgão tem por objetivo “harmonizar as negociações coletivas”.
Vale destacar que o Sindicato tenta formular uma CCT para os jornalistas de internet desde 2011 e somente agora o processo evoluiu, depois de uma luta de quase quatro anos. Em ocasiões anteriores, os patrões desse segmento não reconheciam como jornalistas os produtores de conteúdo de internet e se recusavam a adotar a Convenção Coletiva da categoria. A negociação era realizada de forma irregular junto ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas e Cursos de Informática no Estado de São Paulo.
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