Em assembleia quinta-feira (7), na USP, foi deliberada a continuidade da greve, e os alunos também aprovaram a decisão, em apoio ao movimento de professores e funcionários pelo reajuste. Com a expectativa de conquistaram mais pessoas para as futuras mobilizações, a assembleia teve também motivos para celebrar a luta contra a criminalização, podendo comemorar a libertação de Fábio Hideki, aluno e servidor da universidade
Os professores e funcionários da USP, Unesp e Unicamp organizam um Ato na porta do Palácio dos Bandeirantes, denunciando o governo do estado pela truculência contras os trabalhadores. Esta mobilização tem início marcado para às 14 horas, com concentração na USP, às 11:30 hs, e em passeata até o Palácio.
Além da manifestação, que abrange a intransigência do reitor que segue a linha política e truculenta do governo Alckmin, a proposta das estaduais é trazer esta discussão da educação pública e da repressão a que são submetidos trabalhadores e estudantes. Portanto, o movimento deve entregar um documento com as pautas urgentes dos movimentos sociais e da categoria dos trabalhadores da educação em luta para ser encaminhado ao governador Geraldo Alckmin.
Ontem (7), às 5h, no portão principal da Universidade de São Paulo (USP), um trancaço foi realizado por trabalhadores grevistas em luta e estudantes em um protesto contra os cortes de ponto e a invasão da polícia militar no campus.
Além das pautas em defesa da educação pública de qualidade e contra o processo de sucateamento que as universidades vêm sofrendo, o protesto se deu também contra a criminalização dos movimentos sociais e a repressão policial aos ativistas presos nas recentes manifestações em São Paulo, como Fábio Hideki, trabalhador da universidade e que, preso há mais de 40 dias sem provas concretas de acusação, teve pedido de liberdade expedido ontem (7) pela Justiça.
Em outras estaduais
Na Unesp segue sendo avaliado um abono de 21% aplicados sobre os salários de julho de 2014, com reajuste do vale alimentação, somando um aumento de 41,6%, mesma porcentagem conquistada na Unicamp.
Os grevistas devem fazer assembleias ainda nesta semana para discutir a greve
Corte de ponto e radicalização
Os trabalhadores receberam informes sobre o corte de ponto de trabalhadores com descontos de 2, 15 e até de 30 dias.
Com este mais novo ataque, os grevistas realizaram outro trancaço no prédio da reitoria nesta segunda-feira (4). Em protesto contra a postura da reitoria.
No primeiro dia do segundo semestre letivo, parte das aulas também foi suspensa.
Desde a manhã de hoje, os grevistas permaneceram em frente ao prédio da reitoria. A ação aconteceu mesmo após sofrerem reintegração de posse, no último domingo, confirmando assim que é dessa maneira que Zago e o governador Alckmin encaram as questões dos trabalhadores: como caso de polícia.
Na Unicamp
O reitor da Unicamp informou que o início do 2º semestre, na melhora das hipóteses, começará em setembro devido à greve e a ausência de lançamento das notas de muitos alunos.
O Sindicato dos Trabalhadores da USP também recebeu a informação de que o reitor Tadeu ofereceu um abono salarial de 21% (referente aos quatro meses: maio, junho, julho e agosto), pois em setembro “haverá negociação”.
A Assembleia da Adunicamp (professores) aprovou a suspensão da greve até setembro.
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