quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sindicato dos Jornalistas realiza ato em repúdio à prisão de ativista da Mídia Ninja

                                                                   
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais abrigou na tarde de terça-feira 24/6/14 um ato organizado por mais de 80 entidades que denunciou a prisão da ativista da Mídia Ninja Karinny de Magalhães em manifestação de protesto durante a Copa do Mundo em Belo Horizonte. No mesmo ato foi feita homenagem ao jornalista Flávio de Carvalho Serpa, falecido no dia anterior. 

O presidente do Sindicato, Kerison Lopes, reafirmou que um dos compromissos da diretoria recém-empossada é abrir a Casa do Jornalista para a sociedade. "Queremos que esta Casa, que durante a ditadura ficou conhecida como casa da liberdade, volte a abrigar todos os movimentos sociais", disse. "Repudiamos a ação truculenta da Polícia Militar que é também uma agressão à liberdade de expressão e aos lutadores sociais", enfatizou. 

Estiveram presentes ao ato a deputada federal Jô Moraes, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William Santos, e representantes de dezenas de movimentos populares, além da ativista Karinny de Magalhães, que tem 19 anos e estava acompanhada de sua mãe. Ela  relatou sua prisão arbitrária e agressões sofridas por policiais militares, no dia 12 de junho. A ação policial foi testemunhada por cerca de 2 mil pessoas que seguiam a transmissão da Mídia Ninja. Gravações de xingamentos feitos por policiais a ela foram veiculadas na internet. 


Karinny contou que foi presa após a PM dispersar uma manifestação na Praça da Liberdade. Na delegacia, foi xingada e espancada com cassetetes e socos até desmaiar. Ela está sendo processada, mas, segundo William Santos, é vítima e não criminosa. O representante da OAB denunciou que a PM não cumpriu o que foi acordado previamente com a entidade em relação à prisão de manifestantes. A deputada Jô Moraes disse que ao tentar localizar a ativista recebeu informações falsas da polícia. 

O jornalista Felipe Castanheira, da Oposição Sindical, lembrou que, segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), já ocorreram 190 agressões a jornalistas no Brasil desde maio do ano passado, quando começaram as manifestações populares de protesto.

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