Na última sexta-feira (25\07), cerca de 20.000 trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra pintaram de vermelho as ruas da capital Aracaju (SE), ao realizarem uma gigantesca marcha comemorando o Dia do trabalhador rural e cobrando a Reforma Agrária Popular no Brasil.
A 12ª Marcha estadual do MST começou às 10h, num trecho da BR 101 situado a dez quilômetros do centro da capital. Gritando palavras de ordem e cantando músicas populares, os manifestantes marcharam até a praça da Cruz Vermelha, onde realizaram um almoço coletivo. A marcha seguiu até a praça General Valadão, no centro de Aracaju, onde foi concluída com um ato público a favor da Reforma Agrária.
A mobilização teve como objetivo pautar a Reforma Agrária na sociedade, denunciar o avanço do agronegócio e cobrar das autoridades a implantação de políticas públicas e investimentos que fortaleçam a agricultura familiar.
Segundo Gislene Reis, da direção do MST em Sergipe, o MST também cobra do governo do Estado agilidade no processo de aquisição de terras destinadas a assentar as mais de 10.000 famílias acampadas no estado, algumas esperando há mais de 15 anos debaixo da lona preta, como as 220 famílias do acampamento Zumbi dos Palmares, na região metropolitana do estado.
“Há 11 anos que os assentados e acampados do MST, provindos de todo o estado, se unem nesta Marcha. Este ato também é um momento importante de diálogo com a sociedade”, disse Esmeraldo Leal, da direção estadual do MST.
Para o dirigente, a Marcha tem um caráter especial neste ano de eleições. “Hoje, o povo está demonstrando na rua que ele não quer mais este Congresso Nacional dominado pelo agronegócio e a bancada ruralista, mas quer um Congresso mais justo, representando os interesses da classe trabalhadora.”
A Marcha contou com a participação de vários movimentos populares e personalidades políticas. Ao longo do percurso, a juventude do MST realizou várias intervenções chamando a atenção da população para a importância da Reforma Agrária. (Com o MST)
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