No Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF/CI), a Sucessão Rural é um dos temas em debate. Essa questão interage com o projeto político do MSTTR (Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ruais), que é o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS).
Ele defende um meio rural com gente e com qualidade de vida por meio da valorização das populações do campo, da floresta e das águas, da garantia de direitos sociais, da soberania e segurança alimentar, da desconcentração de terras, poder e renda, e da sustentabilidade ambiental, econômica e social.
Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, vem da agricultura familiar a maioria dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros(as). Por outro lado, a contínua migração de jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais para a cidade preocupa o movimento sindical.
Afinal, essa saída deve-se, principalmente, à ausência de políticas públicas, voltadas para o conjunto da classe trabalhadora rural, que tem restrito acesso à terra, aos direitos sociais como educação, saúde, esporte e habitação e a oportunidade de comercialização e garantia de renda.
O acesso ao programa Nosso Primeiro Crédito, do governo do Rio Grande do Sul, fez com que a agricultora familiar Elisete Sehn permanecesse no campo. Ela acessou esta política em 2004, quando estava com 29 anos, e comprou a própria terra, onde vive hoje com o marido e os filhos. Antes, produziam em uma área arrendada. A família produz fumo, leite e milho.
“Ainda enfrentamos dificuldades, principalmente com relação à renda, pois tem ano que a safra não é boa. Mas, acessar esse crédito foi uma boa oportunidade e estamos conseguindo pagar a nossa terra”, disse Elisete. (Com a Contag)
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