quinta-feira, 22 de maio de 2014

CNTE divulga nota em apoio à greve dos professores de Minas

                                                                         

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 3 milhões de profissionais que atuam nas escolas públicas de nível básico do país, manifesta irrestrito apoio à greve deflagrada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – SIND-UTE, em razão da negativa do Governo do Estado em negociar a pauta de reivindicações da categoria.

Desde 31 de janeiro de 2014, data da entrega da pauta de reivindicação do SIND-UTE ao governo, o Sindicato aguarda, sem sucesso, posição das Secretarias responsáveis em negociar com os servidores públicos da educação. Três mobilizações foram realizadas pelo Sindicato, entre fevereiro e abril, como forma de cobrar medidas do Governo, mas a administração continuou procrastinando as decisões.

Diante do calendário eleitoral e da predisposição do Governo em não negociar nenhum dos pontos da pauta da categoria, sobretudo os reajustes salariais do magistério e dos demais trabalhadores escolares, a progressão e a promoção por escolaridade na carreira, as férias-prêmio, a nomeação dos aprovados no concurso público e o encaminhamento para a situação dos mais de 70 mil efetivados, que tiveram seus vínculos cassados no Supremo Tribunal Federal, o Sindicato deflagrou a greve, numa atitude coerente e legítima.

Diante do impasse instalado, a CNTE requer do Governo de Minas Gerais a abertura do diálogo com o SINDUTE, representante dos trabalhadores escolares mineiros, para que as negociações em torno da pauta sindical avancem no sentido de valorizar os educadores, o que, consequentemente, colocará fim à greve nas escolas públicas.

A CNTE entende ser dever do Estado o cumprimento dos requisitos para a oferta da educação pública de qualidade, à luz dos princípios elencados na Constituição Federal (art. 206), dentre os quais figuram a valorização dos profissionais da educação. E negar essa condição significa restringir direitos não só aos educadores, mas à sociedade em geral, que não terá a escola pública que almeja.

Pela abertura imediata das negociações com o SIND-UTE!
Pela valorização de todos os trabalhadores escolares!
Brasília, 21 de maio de 2014.
Diretoria Executiva da CNTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário