Os médicos da Prefeitura de Belo Horizonte decidiram por nova paralisação de 48 horas, nas próximas terça e quarta-feira – 27 e 28 de maio. A orientação é para que só sejam atendidos os casos de urgências e emergência (fichas vermelhas, laranjas e amarelas) nas UPAs. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária (AGE), no Sindicato da categoria (Sinmed-MG) dia 21 de maio. No dia 29, haverá nova assembleia para discutir os rumos do movimento.
Médicos participaram no dia 27, às 14 horas, na Câmara Municipal (Plenário Helvécio Arantes), de uma audiência pública para discutir a situação atual e os critérios de classificação dos Centros de Saúde de Belo Horizonte, quanto ao abono de fixação nas classes A, B, C e D.
Essa será a terceira paralisação da categoria em maio. As duas primeiras aconteceram dias 13 (24 horas) e 20 e 21 (48 horas).
Durante a assembleia, conduzida pelo diretor André Christiano dos Santos, foi apresentado um balanço sobre a paralisação dos dias 20 e 21. Segundo levantamento realizado pela diretoria e delegados sindicais, a paralisação foi de 81% na rede de atendimento. Das 147 unidades, apenas 29 não pararam.
Nas UPAs alguns médicos se queixaram de uma grande pressão dos gerentes, em um total desrespeito a uma decisão da categoria. O sindicato vai tomar as providências cabíveis, inclusive com envio de uma ação extra-judicial.
Quanto ao ato público, realizado em frente ao Chevrolet Hall, no dia 20, André Santos informou que o movimento teve muita repercussão na mídia. Durante o ato, os médicos distribuíram panfletos para a população, fizeram “apitaço” e se postaram com faixas em frente ao sinal de trânsito da Av. Nossa Senhora do Carmo, um das mais movimentadas da capital mineira.
Na assembleia continuaram os relatos de desassistência da população, com equipes incompletas, falta de estrutura, de equipamentos e de remédios. Situações que colocam os médicos em grande risco e prejudicam o atendimento à população.
Prefeitura acena com aumento dos abonos
Na assembleia, André Santos comunicou que uma nova reunião foi realizada com a Prefeitura, dia 19. Participaram pelo sindicato, além dele, a presidente Amélia Pessôa; e o secretário geral Fernando Mendonça. Pela PBH, os secretários de Saúde, Fabiano Pimenta; de Recursos Humanos, Gleison Pereira de Souza; a consultora especial, Tammy Claret Monteiro; o secretário de planejamento Thiago Greco e o vereador Alexandre Gomes.
Na ocasião, a Prefeitura informou que apresentaria, em até 10 dias, uma proposta de reajuste nos abonos que os médicos hoje recebem como fixação, insalubridade, urgência e prêmio pró-família, alguns deles congelados há 5 anos. O sindicato aguarda que uma reunião seja convocada até 29 de maio.
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