quarta-feira, 21 de maio de 2014

Rodoviários de São Paulo desafiam patrões e sindicato parando a maior cidade do país

                                                               


Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo que se sentiram prejudicados pelo acordo do sindicato com a prefeitura pararam a cidade

Diversas regiões da capital paulista estão paralisadas desde a tarde de terça-feira e os bravos trabalhadores rodoviários não cederam à pressão das autoridades, dos patrões e da grande imprensa.

Os grevistas fecharam terminais e paralisaram as ruas e avenidas de São Paulo, em protesto contra os patrões e o sindicato, que, na verdade, não representa o interesse desses trabalhadores. O Sindicato dos Motoristas aceitou um reajuste salarial de 10%, enquanto que os amotinados garantem que foram 19% e o sindicato os está enganando.

Mais uma vez, trabalhadores não aceitam a subserviência do sindicato da categoria, que, na prática, não os representa. Em uma demonstração de força e importância do serviço prestado pelos motoristas de ônibus, eles fazem com que a cidade se movimente, mas também podem fazê-la parar.

As autoridades já os ameaçaram com punições e a polícia foi mandada para os terminais de ônibus para reprimir qualquer manifestação e ameaçar os grevistas pela força, mas eles seguem firmes e fortes na luta.

Mais uma vez a grande imprensa tenta manipular o povo. Globo, Bandeirantes, Estadão, Folha, etc., todos os representantes dos patrões na mídia apresentam esses trabalhadores como criminosos ou vândalos, irresponsáveis e egoístas, que estão “prejudicando a vida do cidadão”, como disse um apresentador da Band News TV, entoando um discurso muito parecido com o dos apresentadores do Jornal da Globo.

A exemplo dos heroicos garis do Rio de Janeiro, que conquistaram um reajuste salarial mais justo, os rodoviários de São Paulo estão sendo demonizados pela mídia, que só apresenta a versão dos empresários e depoimentos dos cidadãos prejudicados com a greve, como se estes não fossem prejudicados todos os dias por seus patrões.

Boa parte da população, bombardeada desde sempre com as mentiras e desinformações da imprensa burguesa, está indignada com a paralisação e mostra seu lado mais reacionário ao desvalorizar a luta dos trabalhadores dos transportes.

Segundo uma pesquisa do site Adzuna.com, a profissão de motorista de ônibus é a pior do Brasil (http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/2013/09/1340405-pesquisa-indica-as-10-piores-profissoes-do-brasil-ser-motorista-lidera-ranking.shtml), de acordo com os critérios de potencial financeiro, ambiente de trabalho, competitividade e demanda de mercado, entre outros.

Essa também é a sétima pior profissão do mundo (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/as-50-melhores-e-piores-profissoes-em-2013.html), segundo pesquisa do site estadunidense CareerCast.com, que leva em conta demandas físicas, ambiente de trabalho, renda, estresse e perspectivas de contratação.

Esses dados e a própria vivência de um cidadão comum que vive numa metrópole já podem dar a dimensão do sofrimento dos motoristas e cobradores de ônibus, esses trabalhadores que são explorados e humilhados todos os dias, e agora mostram certa consciência de classe para peitarem seus patrões e, mesmo contra a criminalização imposta a eles pelo Estado burguês e pela grande mídia, que colocam o povo contra eles, esses guerreiros seguirão lutando até conquistarem seus direitos.(Com o Diário Liberdade)


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