segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Contra 7% de reajuste, bancários vão à greve no dia 30 de setembro

                                                  


Comando de Greve indica recusa à proposta; assembleias da categoria decidem nesta quinta-feira (25) e próxima segunda (29)

Os bancos, que obtiveram lucros exorbitantes no primeiro semestre, ofereceram apenas 7% de reajuste salarial aos bancários na mesa de negociação realizada na última sexta-feira (19) entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional de Greve. Por isso, os bancários prometem greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de setembro.

A orientação do Comando para as assembleias, que ocorrem nesta quinta-feira (25) e na próxima segunda (29), é pela não aceitação da proposta.

Para preparar a greve, mobilizar o máximo possível de trabalhadores e pressionar os patrões, o Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligado à CSP-Conlutas, vai propor nas assembleias, que além da greve dia 30, ocorra uma paralisação parcial, no dia 26, com duração até o meio-dia.

No calendário de mobilização proposto pelo Comando de Greve está previsto um ato no dia 2 de outubro contra autonomia do Banco Central (BC), em frente à entidade. O MNOB propõe que neste dia o protesto deva abarcar também outras reivindicações dos bancários, como a revogação da resolução sobre o correspondente bancário; e que o BC puna os Bancos que demitam funcionários.

Com o objetivo de garantir o máximo de transparência nas negociações, o MNOB defenderá nas assembleias que as negociações entre Comando Nacional de Greve e Fenaban sejam transmitidas ao vivo.

Chega de enrolação: greve já

O MNOB avalia que esta campanha salarial, simultânea às eleições presidenciais, dá à categoria maior poder de pressão sobre o governo federal, que é o patrão nos bancos públicos. “Devemos aproveitar essa oportunidade para mudar o roteiro dos anos anteriores e fazer uma campanha salarial diferente, que nos traga conquistas”, orienta.

Entretanto, na avaliação do movimento de oposição, as direções dos sindicatos ligados à CUT, têm atrasado a mobilização para proteger o governo e ajudar na eleição de Dilma. Só agora convocam assembleia e apontam a greve para o dia 30.

Por isso, orientam: “precisamos aproveitar este momento para fecharmos um acordo com conquistas de fato, como um reajuste salarial decente, reposição das perdas salariais, igualdade de direitos entre os bancários novos e antigos e melhores condições de trabalho”. (Com a Conlutas)

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