Os trabalhadores foram levados a mais uma prova de sua força e responsabilidade para defender os direitos da categoria. Após mais de 150 dias de iniciada a campanha salarial, conseguimos dobrar a resistência da empresa e avançamos numa proposta que os patrões tinham colocado um “limite” irredutível. Os trabalhadores impediram o arrocho da GDI sobre os salários e chegamos à importante vitória de tirar o desconto sobre a cesta básica.
As negociações no TRT-MG alcançaram resultados que representam a conquista da mobilização e greve da categoria. Antes fechada com a fala de “ter chegado ao limite”, a Copasa teve que se dobrar aos argumentos do Sindicato e pressão dos trabalhadores, reabrindo o diálogo e cedendo em nova proposta.
REAJUSTE SALARIAL E NOS BENEFÍCIOS DE 5,82%
A empresa tentou derrubar nosso reajuste salarial, afirmando que a tarifa autorizada pela Arsae de 6,18% teria reajuste líquido de 4,82%, por causa de descontos de energia e taxas. O Sindicato pressionou pelo INPC integral e para que tivéssemos ganho real nos salários.
REAJUSTE NO TÍQUETE REFEIÇÃO DE 10%
O custo da alimentação apurado pelo IPCA do Ipead registrou 6,47% no último período de 12 meses anteriores à data-base. Nas negociações, no entanto, conseguimos um reajuste de 10% no valor do tíquete-refeição.
ISENÇÃO DO DESCONTO DA CESTA BÁSICA
Nas negociações junto ao TRT, conseguimos uma proposta conciliatória importante. Apresentamos para aprovação da categoria duas alternativas: ou seria aplicado 1% de ganho real direto nos salários ou passaríamos a ter isenção do desconto da participação dos trabalhadores no custo da cesta básica.
Os trabalhadores optaram pela isenção do desconto na cesta básica. Conforme a faixa de salários, os ganhos variam de 1,19% a 2,18%, superior ao percentual de ganho real proposto (veja tabela).
IMPACTO MÍNIMO DE 70% DA GDI
O Sindicato pressionou muito a empresa para que incorporasse a GDI de 16,5% ou parte dela nos salários. Com a divulgação da tabela do 1º trimestre verificou-se grave prejuízo nas GDIs de vários distritos operacionais, a exemplo de Ibirité, na última colocação com 7,8%. Argumentamos sobre a regra que obriga a empresa a rever estrutura para garantir medidas quando a GDI cai de 80%. No TRT-MG conseguimos o pagamento mínimo de 11,55% de GDI, que representa 70% da GDI global.
COMISSÃO DE ESTUDOS DO PCCS
Durante a campanha enumeramos graves problemas com o Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) na Copasa, desde desvios de função, erros de enquadramento, congelamento do crescimento e, sobretudo, da tabela salarial, que precisa de um reajuste. No TRT-MG ficou acertada a criação de uma comissão de estudos para a revisão da tabela salarial, com prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos.
PAGAMENTO DA PL EM PARCELA ÚNICA
Conseguimos também que a empresa passe a pagar a Participação nos Lucros (PL) em apenas uma parcela, em abril de 2015. Devemos lembrar que isto não impacta os trabalhadores com desconto de imposto de renda, que foi isentado em lei pela presidenta Dilma Rousseff.
PAGAMENTO DAS PARCELAS RETROATIVAS
Todas as diferenças retroativas a 1º de maio (data-base) serão pagas pela Copasa na folha salarial de setembro. Teremos as diferenças multiplicadas por cinco sobre os benefícios que se constituem direitos da categoria, como tíquete-refeição, cesta básica sem o desconto, auxílio-creche, diferenças de salários e outros.(Com o site do Sindágua)
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